- Vais enjoar. Vais vomitar.
- Não vou nada. Pára de me dizer essas coisas.
- Vais sim, nojenta. És nojenta. Tudo que fazes é nojento.
- Porquê de repente tudo isto?
-Porque estás a mastigar presunto com Cheerios.
- Já te vi a fazer coisas piores...
- Mentira! Nunca me viste a fazer nada assim horrível.
- Já te vi a beijar um urso.
- Mentes de novo!
- Foi ontem, perto do lago.
- Seguiste-me?
- Tirei uma foto. Ficou gira.
- Porque me odeias?
- E vou dizer a toda a gente que fornicas ursos.
- E se fornicar?
- Então és um fornica-ursos.
- Lá estás tu, sempre com rótulos.
- Cala-te ateu. Não acreditas em Deus, não prestas!
- Quero uma mulher sensual. Que me toque onde nem eu sei que me excita.
- 'Tás sonhador. Arranja mas é uma ursa sensual.
- Já procurei. Acredita que já.
- Eu sei. Tirei fotos.
- Pensei que tinha sido só uma.
- Menti. Eu menti.
- E mentes muito?
- Só no currículo. E quando falo contigo.
- Ah bom.
- Admite que me amas.
- Nunca.
- És estranho.
- Um bocado.
- Também.
- Cala-te.
- Um dia.
- Vamos dormir
.
- Ok.
- E se tiver insónias?
- Fácil. Sonhas com ursos.
domingo, 9 de maio de 2010
domingo, 3 de janeiro de 2010
- Era assassiná-los a sangue frio. A quem? A nós. E esses apresentadores? E os dentes tortos? Não, digo não, mereço o não porque não sou mais. Morro e morrerei e não me importo. Não chego às notas. Não consigo respirar. Não sou plasticina e não consigo regenerar-me. Nem sei ter opiniões, nem sei falar. Sou um monstro. Sei que não consigo ser mais do que sou. Hoje não tenho doenças nem vontade de nada.
- Não és nada.
- Não. Sou menos que nada. Sou o invisível de zero.
- Não és nada.
- Não. Sou menos que nada. Sou o invisível de zero.
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