domingo, 3 de janeiro de 2010

- Era assassiná-los a sangue frio. A quem? A nós. E esses apresentadores? E os dentes tortos? Não, digo não, mereço o não porque não sou mais. Morro e morrerei e não me importo. Não chego às notas. Não consigo respirar. Não sou plasticina e não consigo regenerar-me. Nem sei ter opiniões, nem sei falar. Sou um monstro. Sei que não consigo ser mais do que sou. Hoje não tenho doenças nem vontade de nada.

- Não és nada.

- Não. Sou menos que nada. Sou o invisível de zero.