segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A Gata e a Cenoura

meeew, meew

Entãaaaaaao? Tá tudo?

mew? mew...

Tiraste-me as palavras do legume!

mew mew

Também penso mtas vezes nisso. sabes?

mew, meeeew, ceroulas.

Não te estou a perceber, desculpa...disseste cenouras?

meeeeew

Ah! Sim, claro k gosto de ti. Ate a propria sonoridade do teu nome me excita!

mew?

Oh foda-se. Quem é que eu quero enganar? Sou uma cenoura....uma simples CENOOOOOURAAAAA E tu sempre soubeste disso! Sempre! A única coisa que podem dizer sobre mim é que sou laranja... e nem isso é inteiramente correcto. Queria ser adjectivável. Como tu. Queria tanto ser como tu. Queria ser tu. Queria estar com tu. Ter-te. Ser-te.

mew mew

Odeio-me.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Dois Brodas

-Então puto, tipo, tass?

-Tass meu, ya, tipo.

-Ya, demais chavalo, como é, tipo?

-Tipo tass meu, é isso.

-Ya puto, demais. E ainda a comes?

-Tass, muito à frente, ya? Tipo.

-Tipo, comes ou não, tass?

-Ya puto, tass, como.

-Fodass chavalo, tipo, ya.

-Tipo fodass, ya meu.

-Sorte puto, alta gaja.

-Ya tipo, mas é minha, ya?

-Fodass puto, tipo, tass?

-Tass mano, no prob, ya?

-Ya puto, tass.

-Bora tipo mandar rimas, ya?

-Tipo ya, freestyle, tass?

-Ahn, ahn, ahn....

-Tipo tipo tipo tipo tipo tipo tass...

-Yo

-Tipo tipo tipo tipo tipo tipo tass...

-Yo

-A hipotenusa, dá-me tusa, sou tão completo...

-...Como a soma dos quadrados dos catetos! Yeah!

-Yo yo yo, fresh!

-Oh yeah.

-Tass broda, tipo, bazo, ya?

-Tipo tass puto, respect.

-Ya

-Tipo

-Tass

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Lúcio, Jacinto e Francisca encontram uma Senhora



(uma claridade que fere os olhos, de tão ofuscante que se torna)


- Bom dia, crianças!

- Fosgass!

- Ena pá!

- Poças!

- Eh eh! Tão inocentes que vocês são! Ainda nem aprenderam a dizer palavrões!

- Psst, ouça lá, ó dona, a nossa educação não lhe diz respeito!

-Eu sei que não, desculpem!

- Era o que havia de faltar! Bamo lá a ber!

- Cuidado com o que dizes, ó miss!

- És tão bunitah! Como tens o cabelo tão abrilhantado?

- Bem, com pó de estrelas, obviamente. Para o meu cabelo quero sempre o melhor!

- Ó Lúcio, já topaste bem esta baca? Primeiro, diz-nos àquela afronta aquanto à nossa educação e agoura arma-se que tem sempre o melhor!

- Cá para mim, você 'tá a dizer que a gente é pobre!

- E que não nos lavamos!

- É! Que somos uns gandas porcos!

- Sem instrução alguma!

- Isso ela não disse... mas inferiu!

- Ah pois inferiu!

- A tua pele é linda! Brilha como o sol!

- Obrigado pequenita! És muito simpática! E rapazes... acalmem-se. Eu não estou a insinuar que sou melhor que vocês! Na verdade, estou aqui para anunciar uma bela novidade!

- Já sei! O Big Show Sic vai voltar a dar!

- Nada disso!

- O Buéréré!

- Ouçam, não tem nada a ver com televisão...

- Quero ser como tu!

- Obrigado.... mas então, querem ouvir o que tenho a dizer?

- Mostra as mámas!

- Isso! Manda vir os melões! Amánda!

- Quando é que vou começar a pinar?

- Oh, foda-se! Esqueçam...


(uma claridade que fere os olhos, de tão ofuscante que se torna baza, desiludida com toda a humanidade)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Uma Noite Com Mariah Carey

- Gostaste da foda?

- Adorei...

- Mesmo?

- Completamente...

- Eu sei. Foi mesmo bom.

- Nem me consigo mexer, gaja!

- E... do que é que gostaste mais?

- Bem, curti a cena que fizeste com os dedos dos pés...

- Sim... então e mais?

- Olha aquela cena com as cerejas também foi bué de marada...

- Sim, e mais?

- Mais?

- Sim, diz-me. O que é que adoraste mesmo na nossa foda?

- Hum, sei lá gaja. Deixa-me mas é dormir...

- Oh parvinho! Há tanto a dizer ainda!

- Não me digas...

- Foi tão romântico! Não achaste?

- Sim, claro. Foi uma daquelas super-fodas-românticas...

- Claro que foi! Tão emocionante! E saber que os meus pais estão no quarto ao lado só me deixou mais excitada...

- Óbvio. Nada mais excitante do que o teu pai a ressonar...

- Tolo! Nem me levas a sério! Ai, sabes o que me apetece?

- O quê?

- Ouvir Megadeth!

- Não, nina. Esquece. Não quero barulho agora. Vira-te mas é para o lado e adormece, caralho.

- Nada disso! Ainda estou a pensar no nosso momento especial...foi tão bom...até gostaria que Jesus o tivesse visto...

- Não estás a fazer sentido. O sémen deve ter-te deixado atordoada...

-Apetece-me cantar! Apetece-me fazer sapateado! Quero comer uma maçã! Já sei, vou mudar o meu nome para um símbolo!

- 'Tás maluca, gaja.

- Querido, o que achas de mim? Sê honesto.

-Pá, és bacana...

- A sério?

- Sim...

- Não estás a dizer só por dizer?

-Não. És mesmo uma bacana. Além de uma boa foda. Nunca te esqueças disso.

- Boa foda sei que sou. Todos me dizem isso.

- Tipo, dizem-te isso do nada?

- Não, parvinho. Só os que provaram um pedaço desta gata...

- Miau. Mas para mim, tu és mais uma cabra.

- Uma cabra?

- Sim, és a minha cabra irresistível. E adoro fingir que gosto de ti.

-Amo-te! Quero um bolo de morango!

- É isso gaja, é isso...

sábado, 9 de agosto de 2008

Nothing Else Matters














Esta é a história verídica de como nasceu uma das músicas mais famosas de todos os tempos.

Principalmente entre as pitas.

1990

- 'Tás a ver James, o que precisamos mesmo é da porra de uma balada.

- Uma balada?

- Exacto, meu. Assim uma balada completa, emocionante. Algo que faça com que as pessoas se juntem todas para cantar. Estou a falar da porra de um hino, meu!

- Hum...

- Além de que se escrevermos assim uma cena fixe, mt calminha, de certeza que vamos ter bué de sucesso com as miúdas... Estou-te a dizer, pá! Precisamos de uma cena assim!

- Pensava que Fade To Black já era a nossa música-queca...

- Oh, essa não é má, mas repara, é muito negativa. Quero algo mais sentimental, algo que desperte as pessoas... Tipo, quantas gajas já devoraste à conta dessa música?

- Hum... 6!

- Ok, mas agora quero dar-te a oportunidade de multiplicares esse número! Se fizermos uma balada certinha, aposto que te meto a papar... 16 gajas!

- Certo, mas lembra-te... somos os Metallica, não os Balladica... vê lá se uma coisa não leva à outra e ainda damos por nós a fazer músicas country...

- Não há esse perigo! Confia em mim! Anda lá, quem é o teu dinamarquês preferido, quem é, diz lá quem é...

- És tu!

- Exactamente! Hum, acho que era fixe se fosse uma música de amor!

- Assim com corações e isso?

- Suponho que sim! Vá, agarra na guitarra. Vamos começar a criar. Já tenho uns versos, repara:

Tu, tu és bonita,
Amor, tu és bonita
Dás-me a volta à cabeça
O meu coração por ti saltita
És mesmo do caraças!

- Desculpa Lars, mas isso não me soa bem...
- Mas qual é o problema? Nem sabes do trabalhão que tive para me lembrar disto! Acho que nem Deus fazia melhor!

- Deus não sei, mas aposto que o Diabo sim!
- Chamaram-me? (Incrível! O Diabo aparece!)

- Uau! Alta foda, man! Alta foda! O Diabo em pessoa!

- Tecnicamente essa afirmação está errada. Para além da divertida mas desnecessária profanidade, não sou exactamente uma pessoa. Mas compreendo, que devido às vossas profundas limitações cognitivas, fossem incapazes de exclamar algo como:

Uau! O Diabo! Essa grande entidade!
- Alta cena! És mesmo tu! Estou ansioso por contar à minha mãe!

- Acalma-te, deixa mas é ver o que é que ele está está aqui a fazer e o que quer de nós.
Hum, Diabo, o que é que estás aqui a fazer e o que queres de nós?

- Bem, estava a ouvir a vossa conversa e reparei que precisam de mim.

- Certo.

- Concordo meu, precisamos mesmo de ti.

- Eu sei. Sou indispensável para o que pretendem.

- Claro que és!

- Penso que não haverá ninguém melhor para vos ajudar.

- Também acho, meu. Olha, só uma cena...

- Sim?

- Para nos ajudar em quê?

- Então?! Para vos ajudar a preparar uma balada espantosa que faça com que até as coxas de todo o mundo tenham vontade de chorar!

- Ah, eu sabia que nós estávamos a meio de uma cena, mas com a tua ilustre aparição e isso tudo, esqueci-me.

- Não há problema! Vamos passar ao trabalho! Isto é assim, primeiro vocês têm que... (aviso de SMS a chegar)

[Diabo, por favor, vem até aqui depressa, preciso de mais uma canção nova... anda lá por favor, se não ainda faço uma loucura... Kurt]

Pessoal, ocorreu um contratempo... tenho que ir a Seattle num flash, um puto que conheço precisa de mim.

- Tu é que sabes Diabo...

- Fixe mesmo era se pudesses ficar...

- Não dá! O cheiro a espírito jovem espera por mim!

- Podias dar pelo menos algum conselho! Tipo, nem sei como começar a música!

- Rapazes...vocês têm talento...não há muito que vos possa dizer...a não ser para sempre ... estão a ouvir ... para confiarem sempre em quem vocês são ... e nada mais importa. Ok?

- Certo meu!

- Tá-se!

- (ZUUUUUUUUUUP) (Incrível, o Diabo desaparece!)

- Raio de conselho...

- Eu até gostei! Vá, não sejas tapado. Esteve ali Satanás em pessoa a dizer-nos que temos capacidade! É absolutamente grandioso! Sabes o que isso signfica? Só temos que acreditar!

- Nele? Mas ele já não existe?

- Não, meu! Em nós próprios! Nunca estás atento! Vá, quero que comeces a dedilhar algo na guitarra neste preciso instante... acredita em mim... será mágico!

(famoso acorde inicial, seguido de um estrondo de James a largar a guitarra)

- Ih, man, isto soa tãaaaaaao gay... recuso-me a tocar mais...

- Então? Estava perfeito! Já estou a ver a estrutura toda a formar-se na minha cabeça!
Continua, meu! Até quero ver se achas a música gay quando tiveres um monte de miúdas em fila para te chupar a pila à conta desses acordes!

- 'Tás a falar a sério?

- Claro que sim, meu!

- Uau! A chuparem-me a pila!

- Isso mesmo, meu! Pila!

- Exacto! Pila!
- E nada mais importa!


*


Elenco:

Lars Ulrich
James Hetfield

O Diabo